quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Senadores da Amazônia reúnem-se para buscar solução em favor dos ‘soldados da borracha’

Audiência pública na CCJ para discutir a equiparação da pensão
dos soldados da borracha à dos pracinhas da FEB
Em reunião prevista para a próxima terça-feira (10), senadores da Amazônia vão buscar acordo que possa atender satisfatoriamente demandas dos chamados soldados da borracha. Eles lutam pela equiparação de seus benefícios aos dos pracinhas da força expedicionária, soldados que lutaram na Europa durante a 2ª Guerra. No início do conflito, eles foram recrutados para trabalhar como seringueiros em diferentes estados da Amazônia, contribuindo para o esforço de guerra.
O comunicado sobre a reunião foi feito pelo senador Aníbal Diniz (PT-AC) durante audiência pública destinada a debater a proposta de emenda constitucional (PEC 61/2013) identificada como a PEC dos Seringueiros. Essa proposta originária da Câmara dos Deputados propõe compensações aos soldados da borracha. Aníbal, que é o relator do texto, também foi o propositor da audiência.

A PEC da Câmara é rejeitada pelos soldados, a maior parte com mais de 80 anos, e os pensionistas. O texto eleva o benefício atual, de R$ 1.356,00, para R$ 1.500,00. Porém, desvincula o valor do índice de correção do salário mínimo. Se equiparados aos expedicionários, eles estariam recebendo mais de R$ 4 mil mensais. Pela proposta, os seringueiros e pensionistas ainda receberiam uma indenização no valor de R$ 25 mil, que eles aceitam apenas como bônus. Um processo de indenização corre na Justiça Federal, podendo beneficiar inclusive os herdeiros dos que já faleceram.

Senador Acir Gurgacz defende os soldados da borracha

O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) lembra que os soldados da borracha foram qualificados por decreto presidencial como militares durante o conflito, que trabalharam numa frente da guerra reconhecida por dois governos - brasileiro e norte-americano - e sofreram duramente com isso. “Não vejo outra forma de medir, de mensurar o quanto a nação deve remunerar esses homens e suas viúvas e dependentes, se não equiparando-os a quem também lutou na guerra”, disse Gurgacz.

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